sexta-feira, 17 de junho de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
QUEM FALA ERRADO?
Nova polêmica surgiu no cenário educacional brasileiro e tem mobilizado educadores, especialistas e opinião pública. Trata-se do livro didático "Por uma vida melhor" da coleção Viver, Aprender distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático do MEC, voltado à Educação de Jovens e Adultos. O livro traz um capítulo introdutório esclarecendo que não há problema em utilizar, na fala, expressões diferentes da norma padrão, tais como aquelas em que o plural dos substantivos ou o infinitivo dos verbos é suprimido (os livro, fui dormi). Entretanto, no mesmo instante a autora alerta para o fato de que tal modo de se expressar deve ser dosado por seu usuário, sob pena de sofrer preconceito linguístico.
A lição veiculada pela publicação não chega a representar novidade: existem várias formas de falar e nenhuma delas pode ser considerada incorreta. Aliás, a ideia é substituir as palavras certo e errado por adequado e inadequado, quando se tratam das variações linguísticas.
Como sempre, a polêmica se instaura mais por questão política do que educacional. Minha posição é favorável à intenção da publicação. Avalio como pedagógica a escolha por valorizar, no interior do livro que será utilizado pelos alunos, o modo de expressão dos sujeitos da classe popular (maioria nas turmas de EJA). Com isso constroi-se um espaço de diálogo e respeito ao discente, fundamentais para que sinta-se convidado a aprender. Penso que esta estratégia pode, inclusive, contribuir com o sucesso da aprendizagem, sobretudo por se tratarem de adultos detentores de uma história de exclusão social e de uma auto-estima abalada pelos preconceitos sofridos.
Quanto aos professores, estes precisam refletir sobre o modo como promovem o ensino da língua e sobre como percebem os dialetos de seus estudantes. Admitir que existe um dialeto menos complexo ou correto significa incorrer em preconceito linguístico sim! Segundo Magda Soares (referência na área em nosso país) renegar um dialeto significa menosprezar uma cultura e, por consequência, desmerecer a cidadania dos grupos sociais dos quais não participamos. Aliás, cada um de nós se utiliza de muitas versões da língua no dia-a-dia. A dinamicidade e versatilidade da língua possibilita que se adapte às necessidades de seus usuários, as quais podem variar dependendo de onde, como e com quem a comunicação é estabelecida. Alguma novidade nestas colocações? Penso que não!
A Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) divulgou seu posicionamento a respeito da publicação, considerando equivocadas as críticas que acusam a autora e o MEC de possibilitar o ensino incorreto da língua materna. Já a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou nota questionando a posição adotada no material e apontou como erro misturar gramática descritiva e gramática normativa.
Como professora de classe popular por muitos anos que fui, alfabetizadora inclusive, sempre adotei a postura de respeitar e mesmo valorizar a linguagem dos estudantes. Entretanto, ensinava-lhes a língua padrão não para corrigi-los e estirpar-lhes seus dialetos, renegando-lhes à posição de menos inteligentes ou cultos, mas para muni-los com uma alternativa de sobrevivência nesta sociedade que transforma diferenças em desigualdades.
Como sempre, a polêmica se instaura mais por questão política do que educacional. Minha posição é favorável à intenção da publicação. Avalio como pedagógica a escolha por valorizar, no interior do livro que será utilizado pelos alunos, o modo de expressão dos sujeitos da classe popular (maioria nas turmas de EJA). Com isso constroi-se um espaço de diálogo e respeito ao discente, fundamentais para que sinta-se convidado a aprender. Penso que esta estratégia pode, inclusive, contribuir com o sucesso da aprendizagem, sobretudo por se tratarem de adultos detentores de uma história de exclusão social e de uma auto-estima abalada pelos preconceitos sofridos.
Quanto aos professores, estes precisam refletir sobre o modo como promovem o ensino da língua e sobre como percebem os dialetos de seus estudantes. Admitir que existe um dialeto menos complexo ou correto significa incorrer em preconceito linguístico sim! Segundo Magda Soares (referência na área em nosso país) renegar um dialeto significa menosprezar uma cultura e, por consequência, desmerecer a cidadania dos grupos sociais dos quais não participamos. Aliás, cada um de nós se utiliza de muitas versões da língua no dia-a-dia. A dinamicidade e versatilidade da língua possibilita que se adapte às necessidades de seus usuários, as quais podem variar dependendo de onde, como e com quem a comunicação é estabelecida. Alguma novidade nestas colocações? Penso que não!
A Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) divulgou seu posicionamento a respeito da publicação, considerando equivocadas as críticas que acusam a autora e o MEC de possibilitar o ensino incorreto da língua materna. Já a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou nota questionando a posição adotada no material e apontou como erro misturar gramática descritiva e gramática normativa.
Como professora de classe popular por muitos anos que fui, alfabetizadora inclusive, sempre adotei a postura de respeitar e mesmo valorizar a linguagem dos estudantes. Entretanto, ensinava-lhes a língua padrão não para corrigi-los e estirpar-lhes seus dialetos, renegando-lhes à posição de menos inteligentes ou cultos, mas para muni-los com uma alternativa de sobrevivência nesta sociedade que transforma diferenças em desigualdades.
Espero que o MEC não volte atrás na decisão de distribuir a publicação e mantenha a posição teórica adotada. Está na hora de espraiar a ideia de que não há fala errada, mas inadequada de acordo com o contexto de uso. E se pensarmos na norma padrão, há de se convir: raros são aqueles, mesmo com as mais altas titulações, cuja fala corresponde à gramática normativa.
E aí? Quem fala errado?
NOTA DA ABRALIN
http://www.alab.org.br/noticias/outras-noticias/83-leia-tambem-posionamento-da-abralin-em-relacao-a-polemica-do-livro-didatico
E aí? Quem fala errado?
NOTA DA ABRALIN
http://www.alab.org.br/noticias/outras-noticias/83-leia-tambem-posionamento-da-abralin-em-relacao-a-polemica-do-livro-didatico
domingo, 22 de maio de 2011
A HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS!
Vídeo superinteressante sobre a indústria dos cosméticos. Prometendo soluções milagrosas, os produtos que movimentam o mercado da vaidade escondem seu potencial tóxico e sua faceta altamente perigosa para a saúde do consumidor. Bom para aprender a ficar ligada nos rótulos dos produtos e fazer a escolha certa! Difícil é não ficar neurótica depois disso...
Para acessar o vídeo, clique abaixo:
Eco4Planet, o buscador ecológico
A cada 50 mil pesquisas realizadas no portal, uma árvore é plantada no Brasil
Você usa o Google como busca padrão? Então, por que não trocar seu bookmark para o Eco4Planet? Este é um site que lança mão do mesmo mecanismo de buscas do Google, só que, a cada 50 mil pesquisas realizadas, uma árvore é plantada no Brasil.
É como se fosse o próprio Google, só que com um outro visual e com a vantagem do plantio das árvores. O site é todo preto, e isso gera uma economia de até 20% de energia se comparado a uma tela branca. Só para você ter idéia: se o mundo inteiro utilizasse esse buscador com a tela preta, seriam economizados cerca de 7 milhões de kilowats-hora em um ano, ou o mesmo que 58 milhões de computadores desligados por 1 hora.
Você pode, ainda, baixar wallpapers ecológicos e ler o blog do projeto, que traz, todos os dias, vários posts referentes ao meio-ambiente. Se você gostou da dica, defina já o Eco4Planet como página inicial de suas buscas e ajude o meio ambiente. Você pode, também, colocar banners do Eco4Planet em seu próprio site, ajudando a espalhar, ainda mais, a notícia por aí. O planeta agradece!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
COLETA SELETIVA: QUESTÃO DE OPÇÃO?
Interessada por descobrir como incluir minha residência na rota da coleta seletiva de lixo procurei informações junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável por este serviço. Percebi que era bem mais simples do que eu pensava. Liguei, forneci nome, endereço e telefone para contato e, no mesmo instante, a funcionária informou o horário e o dia da coleta: todas as quartas-feiras, a partir das 13 horas. Com esta atitude penso estar colaborando para solucionar (ou seria remediar?!) um problema bastante preocupante em nosso município.
Pela informação que obtive, a coleta é realizada por catadores cadastrados pela prefeitura e o lixo por eles recolhido não tem o mesmo destino dos demais. O chamado lixo limpo recebe tratamento diferenciado para que possa voltar à linha de produção e de consumo. Além disso, com a prática da reciclagem se garante geração de renda para inúmeras famílias.
Em Rio Grande, o lixo separado nas residências é enviado à uma das associações cadastradas pela Prefeitura. O material passa por processos de triagem, prensa e, depois, é comercializado em Porto Alegre.
Em Rio Grande, o lixo separado nas residências é enviado à uma das associações cadastradas pela Prefeitura. O material passa por processos de triagem, prensa e, depois, é comercializado em Porto Alegre.
Por hora, duas coisas me preocupam: primeiro, que a execução do serviço seja responsável e de boa qualidade e, segundo, que saia da condição de opção para obrigação. Creio ser importante investir com mais vigor na divulgação e ampliação da coleta seletiva de lixo, incluindo um número cada vez maior de residências nesta tarefa. Afinal, consumir menos e reciclar mais já deixaram de ser opções há muito tempo!
16 de maio - Dia do Gari
SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE - 32337275
SIM, Rio Grande pode ser linda! Parte II
Grenal rolando na tv e as ruas de Rio Grande quase desertas. Saí para meu tradicional passeio de bicicleta e, munida com minha câmera fotográfica, capturei imagens de lugares muito bacanas. Rua Duque de Caxias, Praça Xavier Ferreira, Praça Tamandaré, Largo Dr. Pio, cais do Porto Velho, Hidroviária, .... fiz questão de registrá-los para guardar a imagem e a sensação de revisitar, com olhar de deslumbramento, espaços que normalmente passam despercebidos durante minhas corridas ao banco para pagar as contas do mês.
Curiosa é, também, a reação que percebo nas pessoas que me veem fotografar. Demonstram incompreensão diante de minha iniciativa. Parecem tentar entender o porquê de estar ali, fotografando. Afinal, o que pode ter demais na catedral de São Pedro? Ou na Praça Xavier Ferreira? Por que perder tempo fotografando uma rua?
Isto me faz pensar na importância da Educação. Não seria ideal que as escolas criassem condições para que os habitantes desta cidade, nascidos nela ou não, aprendessem a de fato ver aquilo que os rodeia? Não seria a escola o lugar ideal para que discussões acerca da cidade ocorressem de modo crítico e profundo, respeitando a historicidade presente em cada canto do município? Não seria este o modo mais efetivo e barato de garantir o respeito e a preservação da cidade?
Estes são questionamentos que me ocorrem sempre que saio para meu passeio. São convites à reflexão que exigem pensar diferente sobre o que se está acostumado a pensar sempre igual. Estou convencida de que o esforço vale a pena!
domingo, 15 de maio de 2011
JAIR BOLSONARO, VAI TE CATAR!!!!!!!
Inacreditáveis, repulsivos e absurdos foram os pronunciamentos deste desprezível senhor, na mídia, sobre a questão dos homoafetivos. Imbuído de algum sentimento de superioridade em relação a tudo e a todos que não são sua imagem e semelhança, o excelentíssimo deputado tem envergonhado a nação com declarações carregadas de preconceito e ódio. Argumentos? Até agora não ouvi nenhum que convença e justifique tamanho desprezo pelos demais. Me questiono por quê este cidadão, que não respeita a cidadania alheia, ainda não foi cassado?
Aproveito para apoiar e agradecer à senadora Marinor Brito, do PSOL, que lhe deu uma bela "piaba" na cara, usando contra ele sua própria Pedagogia (já que defende que filhos homossexuais tem que apanhar).
Enfim, Jair Bolsonaro, VAI TE CATAR!!
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